Vai deitada
Não pensamos
E, acontece,
vai deitada,
Deitada em lençois de rendas,
Não pensamos,
E, não existe,
apenas um corpo.
Inerte em lenções de rendas,
Não pensa, não geme
não tem frio nem calor.
Nada é nada.
E, foi como disse,
vai deitada
em lenços de renda,
que não vê nem sente,
nem a preocupa.
Nada é nada,
em lençois de renda.
Se custa?
Corpo inerte
nos lençois de renda.
Não, não custa,
porque não penso,
bloqueio sentimentos
é tão fácil quebrar a dor.
É como pensar
sem pensar
no corpo inerte
em lençois de renda.
Existe emoção e lágrimas,
Não, olhos secos,
emoção aferrulhada,
razão supera emoção.
Será estranho?
Ou apenas defesa
raiva, revolta,
animosidade?
Sei lá,
nem quero saber,
só sei, quero que termine.
Termina, acaba,
fim!