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Amor aos Bocados

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Tininha

21
Ago24

Vai deitada

Tininha

Não pensamos

E, acontece,

vai deitada,

Deitada em lençois de rendas,

Não pensamos,

E, não existe,

apenas um corpo.

Inerte em lenções de rendas,

Não pensa, não geme

não tem frio nem calor.

Nada é nada.

E, foi como disse,

vai deitada

em lenços de renda,

que não vê nem sente,

nem a preocupa.

Nada é nada,

em  lençois de renda.

Se custa?

Corpo inerte 

nos lençois de renda.

Não, não custa,

porque não penso,

bloqueio sentimentos

é tão fácil quebrar a dor.

É como pensar

sem pensar 

no corpo inerte

em lençois de renda.

Existe emoção e lágrimas,

Não, olhos secos,

emoção aferrulhada,

razão supera emoção.

Será estranho?

Ou apenas defesa

raiva, revolta,

animosidade?

Sei lá,

nem quero saber,

só sei, quero que termine.

Termina, acaba, 

fim!

 

22
Jul24

Explosão contida

Tininha

FLORES.jpg

Não sei o começo,

conheci o final,

não sei como,

cheguei aqui,

nem como,

chegarei amanhã.

Não senti nada,

nada corria em mim,

estava vazia de emoção.

Talvez não seja assim.

Fúria, revolta,

Agonia de  fazer

não querendo fazer.

E a furia e mau-estar

cresce em mim,

numa explosão retida. 

Hoje foi o dia,

amanhã é dia

Depois, não termina.

Porra, 

o meu pavio está curto,

só apetece explodir.

E, ser a força da família,

A razão, a lucidez,

Ter de enfrentar 

manientos que despreso,

ter vontade de dizer

o que o bom senso me cala,

esfriar o sangue que ferve.

Sou panela de pressão,

arrefecida por fora.

Quando termina 

esta maltida pressão?

Aguenta só mais um dia!

 

(falecimento 10 de julho 2024, mãe)

22
Dez22

Cidade

Tininha

PESSOAS.jpg

Hoje fui à cidade,

vesti o meu vestido,

coloquei o meu sorriso,

e fui, só,

cheia de mim.

Pelas ruas de gente,

de cheiros,

de vidas

que não minha,

cruzando a minha,

sem sentir

nem elas a minha.

São tantas as vidas 

que se cruzam,

destinos andantes

no mesmo caminho.

E quantas?

Quantas sofrem,

Quantas são cantos de solidão?

quantas são fortuna,

sorrisos, lassidão?

Quantas?

São doença, amargura?

Quantas são histórias de amor?

Serão noivas, amantes?

Quantas são projetos,

conhecimento, idealistas?

Não sei,

se não o meu caminho,

pelas ruas da cidade

de gentes, almas gémeas,

partilhando passos,

movimentos de sombras

de nós, gente de cidade,

buscando o destino,

mais além, logo ali,

quem sabe.

Somos massa errante,

nas ruas da cidade,

génios itenerantes

emoções radiantes.

Neste dia 

que vim à cidade

encontrei os meus pensamentos,

a razão porque sou 

viajante 

neste espetro passional,

das coisas belas

e humanas.

 

 

24
Nov22

Corpo

Tininha

CORPO ENVELHECIDO.jpgGosto do meu corpo,

silhueta do que fui,

Gosto do meu corpo,

baixo, murcho, adormecido.

Gosto do meu corpo,

pesado de memórias

e infindáveis histórias.

Anos num corpo

marcado por esterias 

como contas de um rosário.

Rosário de uma sentença,

de doença incurrável.

Memórias de vida fútil,

desinteressante e anónima.

Fui ilusão

fui conquistas,

fui quer ser

como trampolim

para o que sou,

mas também

do que frustei querer.

Figurinha desinteressante,

apagada entre outras,

surpresa por isso

por muitas batalhas ,

e guerras conquistadas.

Mas será,

que ainda consigo chegar

ao último dos desejos?

Editar-te,

tu ó letras?

Histórias

com virgulas,

exclamações contidas,

nesta paixão por escrever?

É como abrir 

o baú num lugar

escondido em mim.

Será coragem

que falta

neste minúsculo

corpo de sonho?

Vai luta,

tudo é possível

é só lançares redes

do impossível

moldares a tua vontade

e crecer na conquista.

Muito do que escrevo,

são desabafos, frustações,

a quem pode interessar?

Saber do meu eu,

fantasias cerebrais

de uma formiga?

Vai, cresce o teu querer,

cresce na vontade,

Vá sê corajoso 

e, faz isso....

Isso...Isso

que estás a pensar,

fá-lo, avança,

sem medo,

de tropeçar.

02
Jun22

Guerra e história

Tininha

Somos crianças,

brincamos com canhões,

fazemos guerras.

Gostamos do barulho das bombas

como pipocas na boca.

Somos sempre crianças,

repetimos erros históricos,

acreditamos em alienados,

consumimos mortos como números,

destruimos para construir melhor.

Neste planeta terra,

somos pedras andantes,

deuses poderosos 

da destruição

e do poder de alguns

por todo o reino animal.

A história

não ensinou 

que na guerra

ninguém ganha,

nem o ego nem o planeta terra.

Termino com tristeza,

este rastilho de palavras

que nem a Deus interessa

saber que na terra

somos pecadores

sem absolvição.

02
Jun22

Somos muitos

Tininha

Somos muitos

só alguns se destacam,

inglório trabalho para os poetas.

Não são apenas os poetas,

são as pessoas injustas e profetas,

vanglorizam o nome e o charme,

esquecem as letras, acolhem o feitiço,

redes sociais e afins,

Sem fim em si, fim na coisa,

coisa rápida, sucesso imediatico.

Hoje somos produto

 não essência,

somos rapidez,

sem ponderação,

somos imediáticos,

sem consequência

a não ser do holofote.

Será errado

pensar e agir assim?

Ou, será questionável

apenas até a geração 60 finar!

 

 

17
Dez21

Natal Hoje

Tininha

COMPRAS DE NATAL.jpgO Natal está a chegar,

a família harmonisar,

num local a combinar.

Começa fita,

Onde? com quem?

O avô sózinho,

parece uma bola,

no taco familiar,

na casa de quem vai ficar.

Felizmente,

ninguém está zangado,

todos se dão bem, ainda bem. 

Mas famílias há,

quizilentas, rabujentas,

fazem destes dias

um drama familiar.

Joga a imaginação,

o equilibrio,

vamos lá racicionar.

Quem está, 

quem quer estar,

quem não pode estar,

onde vamos ficar....

Quando chega ao fim 

esta comédia de chorar?

O humor conveniente,

o sorriso amarelo,

os elogios duvidosos,

na harmonia familiar.

A partilha? O Natal?

ficasse pelo prurido

da obrigação, 

porque tem de ser familiar.

A família conciliadora,

talvez noutro lar,

noutra freguesia,

porque nesta

resta apenas...

Já passou o Natal.

 

 

17
Dez21

Natal Hoje

Tininha

foto de compras.jpg

Vamos às compras,

compramos.

Furamos filas,

batemos lojas,

enchemos sacos.

Amontoamos

Caixas, embrulhos,

coloridos com fitas,

Cresce o desepero,

das últimas prendinhas.

A correria não termina,

foi esquecida  a prima,

o tio que acaba por vir

ao jantar de família.

O jantar! 

perfeito,

doces e iguarias.

A noite de Natal

sorrisos e alegria,

estamos juntos.

E depois,

da canceira da correria,

há sempre a sensação

 do que não foi feito,

não valia apena fazer!

No calor da família,

sobra a melancolia,

do cansaço,

do dinheiro gasto

pela loucura natalicia.

Janeiro chega,

de carteira fechada,

até terminar o mês

os nãos são redondos, 

E a carteira está serrada,

os restos chegam aos reis,

até ao alivio da temporada.

 

 

 

30
Jul21

MÚSICA E CANÇÃO

Tininha

FOTO DE MUSICA CANTORA.jpg

Ouve esta canção primavera,

ouve, canta,

comigo a nossa canção de amor.

Se tu soubesses amar

sentias o mar

o calor de nós,

o acorde músical

desta canção sideral,

Ouve, respira-a

sente-a tua,

essa canção  de amor.

Além terra, além vida

a pairar na primavera

nos cheiros e sensações,

só tu, por nós

eramos só um,

ouve a canção

sente o mar

o calor de nós.

O mar não espera,

vai e vem na vibração

também a primavera

se esconde, encolhida florida.

E nós amor,

escondidos na canção

arrulhamos

palavras salgadas de mar.

30
Jul21

Música ainda

Tininha

FOTO DE MUSICA LINDA.jpg

Nós, tu e eu crescemos

nós somos crianças

cheias de inocência.

Sentir a música, os acordes

da nirvana em nós.

Só fica o som vibrado;

Pulsa a canção no verão,

carrega anos

sozinho no sangue

que nos outros não corre.

Não mais voltará

a inocência de criança.

Sorrisos contados

nos sons dos acordes 

que tocas e vibras

nos corações da doce emoção

existe a mais bela canção,

no sangue de nós.

Tirámos das sinfonias,

somos capazes de tecer melodias

de fazer chorar

a música, as trilhas

no sangue

para além de nós.

A sinfonia vai

para além da existência,

transpõe gerações

com sintonia

a vida nos dá

cheia de melodia.

Mais sobre mim

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Olá Mundo Conhecer as letras que nos guiam e acompanham na solidão como na diversão. As letras como os números fazem parte de mim e do meu pensar a vida. Sem elas eu seria insipida, amarga e fútil.

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